Se choram de novo os beirais
eu Me embalo com o seu lamento...
A solidão pesa demais,a angústia da ausência infinita..
Por um dia de sol insistentemente eu imploro,
Cai a chuva como triste pranto
Desesperado,me prosto ao chão
Também o meu doloroso desencanto,
como punhal envenenado açoita o meu coração.
se Já choram de novo os beirais
Lágrimas de um céu em terrível desespero
Louvam os pássaros seus tristes ais,
E eu já na insisto na Vida que tanto quero.
Não vejo pressa de por nada lutar...
Quem sabe numa angustiante madrugada fria e molhada,
Ou quando o meu tempo encerrar
E a Vida p'ra mim já fôr menos do que nada.
E ai vejo que já não choram mais os tais beirais
Se calam em descanso eterno e merecido
Já são as mais tereiveis memória nada mais..
Memória dum tempo ído.
Agora sou eu aqui quem chora
Porque de fato já se encurta a terrivel Vida
Meus sonhos foram para sempre embora
Ando de sonhos desprovido...
nao ha o que sonhar... apenas o lamentar...