Dentro de mim mora o animal
indômito e selvagem,
que talvez te faça mal...
talvez uma faísca
relâmpago no olhar,
depressa como um susto
me desmascare o rosto
e de repente deixe expostoo meu pior...
em mim germina
uma força perigosa;
que contamina
uma paixão vulgar
que corta o ar e que
nenhum poder domina...
explode em mim
uma liberdade que te fascina;
sopro de vida;
brilho que se descortina;
luz que cintila,
lantejoula purpurina...
Tão fugaz como um desejo;
talvez me mate de tanto possuir-te,
Ou talvez te salve
com o suave veneno do beijo quente,
que nos conduzirá a uma viagem sem volta
da mais tórrida paixão ardente...