terça-feira, 28 de maio de 2019

Insônia


Estou aqui a olhar esse teto branco, que lembra o manicômio onde aprisiono a angústia que vive em mim;
A louca angústia que as vezes foge, para um lugar distante que talvez só exista para ela;
um mundo onde a dor é tudo que resta!
Depois fecho os olhos, me teletransporto para um penhasco alto;
Onde não sei se me jogo, ou apenas olho, e lamento pelos meus fracassos;
penso em todos os meus descasos...

De repente me vejo perdido em um buraco negro, o que me leva a questionar: E se eu não existisse? Não faria a menor diferença.
Sei disso porque eu existo, mas não tem quem note minha existência, da vida eu perdi a essência!
Na insônia, na madrugada o coração aflito grita;
O desespero se multiplica sem dar pausa...
E tudo que foi nem é lembrado, a alegria de ontem é a dor de hoje...
Surge todo esse rodeio de ilusão desiludida,
a alegria que foi perdida!
A ausência de algo que se foi sem ser percebido, agora está fazendo falta;
E o coração aflito, acelera novamente e ninguém te acorda...
Não dá para gritar e nem chorar, não se sente nada nesse vazio de madrugada.
E nela eu mergulho, e minha alma grita por socorro...
o coração palpita a dor, a alma está aflita, a minha boca está amarga...

Lá se foi o sorriso do passado...
Se foram as vindas, e agora se são idas;
As esperanças partiram,
Talvez, não voltem mais...
Se foi o amor, 
se foi o prazer...
só não se foi a solidão...
A alegria vai, e a dor é que fica.

E aí tudo se revira como redemoinho,
e é dentro dele que eu vivo...
Lutando contra a tempestade,
combatendo o vento,
colhendo os fritos da minha própria maldade...
Mas ao mesmo tempo amando,
mesmo depois de tanto esforço, não consigo arrancar de dentro de mim  o que um dia foi plantado;
No redemoinho vou revirando até quem sabe a tempestade ir embora...
E quando ela se vai, o redemoinho  também se vai...
Enquanto eu insisto em ficar;
Mas uma parte minha, o redemoinho leva junto com a ventania,
tirando o sorriso e deixando a agonia de uma alma ferida!


terça-feira, 14 de maio de 2019

Amizade fake

Viver a vida é como trilhar caminhos desconhecidos,

sempre enconrrar-se-à surpresas, umas ruins e outras boas...

umas destas surpresas são as amizades,

que une pessoas a outras pessoas,

independente da cor da pele, grau social, ou qualquer outro fator,

ter amizade é como ter um fraternal amor...


Amigos são como irmãos

mas nem.todos irmãos são amigos...

A verdadeira amizade não necessita de perfeição, 

apenas de sinceridade e união;

ser amigo é interpretar lhares,

entender silêncios, 

ter compreensão,

suportar fraquezas, 

corrigir erros, 

saber perdoar, os erros,

guardar os segredos,

prevenir quedas, 

ajudar a levantar, 

secar lágrimas,

ter ciúmes, 

estender a mão,

é o saber que o amigo é teu irmao,

de pais diferentes mas aliados pelo coração...


A verdadeira amizade pode nao ter patrimonio,

Mas ela nunca perde seu sonho;

A amizade é como vidraça

que tem de ser protegida;

Amizade quebrada nao se reforma,

não se remenda,

ñão se concerta...

Quando morre amizade,

é um luto,

uma dor,

um pranto...


A amizade é um relacionamento forte,

totalmente incondicional,

E muito raro,

não se acha fácil...

Acontece que nem sempre as coisas são puras qua tô deveriam...

Você descobre que o amigo era só você;

você descobre que a amizade falsa é como máscara que cai após o carnaval,

quando vem a desilusão acompanhada da decepção,

é a dor que você sente com esta faca no coração...


👇👇👇👇👇

Dedicado aos amigos fakes, que não respeitam a amizade, os quais morreram para mim.

sábado, 11 de maio de 2019

Feridas eternas

hoje eu percebi que estou ferido...

mais do que imaginei,

talvez mais do que poderia aguentar...

a ferida não sangra primeira,

mas ela se esvanecia por dentro;

ao contrário de feridas físicas,

o tempo não ajudará cicatrizar;

quando pensamos que fechou,

ela ressurge ainda mais dolorosa...

percebo então que se trata de ferida mortal,

durará para sempre,

mesmo após o suspiro final,

o mais cruel veneno do mundo não chega a ser tão fatal...


feridas alimentadas por eternas lembranças,

impossíveis de serem deletadas...

da memória jamais serão apagadas...

o primeiro sorriso...

o primeiro olhar...

o primeiro beijo...

tudo que foi primeiro;

E também o segundo,

o terceiro... 

o último momento que se tornou primeiro;

E acabou sendo o derradeiro...


passa o tempo... passa o momento...

passa a história...

vive -se a saga,

conta-se histórias e criam -se fábulas...

lá estão as feridas jamais cicatrizadas;

Quantas vezes quis estar nos braços

Da dama mortal, a temível morte,

para partir e ir embora desta terra, 

onde é ruim viver sem seu afago,

onde o silêncio de seu murmúrio

soa como a portas maldições,

não sentir sua proximidade

é a mais cancerosa realidade...


olho para mim e tento me convencer,

Que é inevitável os frutos de minhas ações não colher...

mereci com justiça os males...

não me perdoarei jamais por escolher este vale

toda dor é pouco...

toda lágrima derramada neste choro infinito,

não me faz melhor em nada...

ah, concebem aos eternos grilhões da solidão, 

arranquem-me a alma e o coração...

castiguem-me sem dó,

mas me perdoem e me façam sumir na escuridão,

ponham fim em tudo,

mas tirem desta assolação...


já não suporto mais...

ferida que dói... 

sangra por dentro,

minha alma se corrói

nas Chagas eternas

do amor perdido,

aflição de um coração partido!


sábado, 4 de maio de 2019

Hoje como ontem e todos os dias anteriores,

queria um abraco

mas não tem quem me de

carinho na estrada sem afado...

sem amor e sem prazer,

a solidão é minha companheira,

a agonia da estrada solitária não tem fim...

um rirual solitário como de uma lavadeira...

molha lava e seca...

a vida não é uma trouxa de roupas,

mas muitos são os que vivem como trouxa ...

 esquecidos e abandonados,

sem amor e sem prazer...

sem afago...

sem colo...

a única certeza que tem

é que logo o fim já vem...

a solidão da sepultura será eterna

abraçando a alma que vagueia

 levando o fim de todas historias

 na morte não há vitoria...

seus dias serao como os de uma garça triste,

que trememendo de frio,

congela-se a beira do rio...

a espera de um milagre,

que transforme a sua dor em riso!