Hoje como ontem e todos os dias anteriores,
queria um abraco
mas não tem quem me de
carinho na estrada sem afado...
sem amor e sem prazer,
a solidão é minha companheira,
a agonia da estrada solitária não tem fim...
um rirual solitário como de uma lavadeira...
molha lava e seca...
a vida não é uma trouxa de roupas,
mas muitos são os que vivem como trouxa ...
esquecidos e abandonados,
sem amor e sem prazer...
sem afago...
sem colo...
a única certeza que tem
é que logo o fim já vem...
a solidão da sepultura será eterna
abraçando a alma que vagueia
levando o fim de todas historias
na morte não há vitoria...
seus dias serao como os de uma garça triste,
que trememendo de frio,
congela-se a beira do rio...
a espera de um milagre,
que transforme a sua dor em riso!