sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CÉU SEM LUA...



CÉU SEM LUA 
O Céu esta escuro,
a noite esta fria,
a terra esta nas sombras de trevas;
As ruas estão vazias...
Os seres desnorteados cambaleiam para e para cá,
a ausência da luz prateada lhes fazem tropeçar nos próprios passos...
Sua ausência é notável para todos
pois há sofrimento sem o seu brilho;
As noites são mais longas e torturantes sem você...

Sem consolo caminha o seu amante,
Levando consigo uma dor que lateja na alma,
dilacera o coração;
A alma grita sem ser escutada,
o grito de angustia pela mais dolorosa das saudades...
Onde caminhas tu, óh lua prateada?
Em que céu tu brilhas, Holofote de minh‘alma?
Até quando me crucificará com a sua ausência?
Que crime mortal fora cometido para que a sentença da distância sege assim duramente aplicada?

Essa espera dolorosa que torna a minha vida tão tenebrosa...
A esperança que jamais perdi;
Ainda que eu desejasse
o meu sonho matar,
tudo para traz deixar,
um fim em tudo colocar,
de nada isso me adiantaria!
Poderia ser afogar o sonho,
até mesmo se perder a fé,
negar o que óbvio...
Mas não se mata o amor!
O amor verdadeiro sempre vai conosco!
Mesmo que aqui tudo acabe,
o amor continua ainda vivo na eternidade!

A noite permanece ainda escura, 
as nuvens pesadas ainda estão lá;
Sua ausência ainda machuca...
Como navalha que penetra dolorosamente na carne,
como um câncer que corrói a alma...
Até quando será assim eu não sei
somente sei sempre aqui estarei,
esperando pelo seu novo raiar
De sua luz inesquecível...

Tão certo quanto à existência do Grande Arquiteto
é a certeza de que seja aqui ou na eternidade,
na terra, no céu ou mesmo no Hades,
ainda nos encontraremos sem que nada nos atrapalhe...
E quem sabe então viver a mais linda historia de nossa existência...
O amor é eterno em si mesmo!
Passam-se as eras, mudam-se as histórias,
as tradições se transformam,
mas o amor é eterno em si mesmo,
imortal, sem principio ou sem fim...

Ergam-se as nações,
levantem-se todos os exércitos,
ouçam-me meros mortais,
em cima ou embaixo da Terra,
o grito potente de alma despedaçada pela saudade
que jaz guardada em meu peito...
E mesmo já sem forças na voz ou lagrimas para derramar,
eu me prostro em terra com a alma agoniada,
pela ausência do brilho de sua luz...
a ausência da lua prateada,
esta linda alma amada!
De todas as dores &a sentidas,
a saudade é mais mortal e dolorosa...
Impiedosa...
Cruel...
Dói na alma...
Imperceptível pela medicina...
Veneno sem antidoto...
Vai consumindo todas as energias vitais,
deixando a vida como um fel...
Nem mesmo nos permite olhar para o Céu!