A noite é terrivelmente solitária,
Os sonhos me trazem dores da morte,
Pensamentos desejam o fim...
Caminho por entre as trevas da angústia,
Sinto a dor incessante da agonia que não se finda...
Quanto já lutei... quanto já briguei...
É ferida aberta que não cicatriza...
É dor que mata sem chance de cura;
A eterna ausência de desejo de viver...
E Deus que não responde até quando viverei assim!
Sinto inveja...
tenho inveja da chuva que cai sobre sua pele,
As gotas chegam mais perto do que eu...
Eu tenho inveja do chão que pisam,
Inveja do s que lhe queima,
Da brisa que lhe refresca...
Da não estranha que segura a sua mão!
Oh, agonia minha,
A saudade me consome noite e dia,
Como câncer maldito que corrói a alma...
Estás tão distante, impossível chegar até ti...
Já há um longo e solitário tempo que vivo esta agonia...
E como o tempo que passa tão devagar,
E o tempo que podia ajudar me tanto...
Cessando minha dor, pondo ponto final na historia...
Cessaria a agonia... Cesária a tristeza... Cesária o pranto!
Sinto falta de tudo!
Da presença...
Das pirraças...
Dos momentos calorosos...
Das palavras doces...
Das brigas embaraçosas...
De seu universo...
De tua compania...
De teu carinho...
A vida me deu seu amor,
Mas a vida também me tirou de você...
Vivo como rios solitários que correm em direção ao mar,
Onde desaparecem e jamais são lembrados...
Rios solitários que em vão gritam 'espere por mim... espere por mim...'
Pois o tempo corre e a alegria jamais retorna...
A noite se torna um amanhecer triste,
Somente para me mostrar que a dor continua,
Como se na eternidade estivesse determinado,
Para sempre viver com este coração amargurado,
A alma ferida...
Agonia sentida...
Devido a esta sangria infinita...
Por toda pagina que viramos, meu coração ainda pertence a mesma historia de sempre...
Cada lição... cada momento... cada emoção... tudo ali gravado para mim como tormento...
De onde Somente a morte me livrara...
Estive de joelhos por ti...
Mergulhei sem medo
Pois amor nunca é errado,
Mesmo que venhamos sofrer eternamente,
Amar ainda é o certo...
Em orações silenciosas, eu oro
O que palavras nunca poderiam dizer...
Peço a Deus que arranque este meu coração,
Não importa o que me aconteça...
Não suporto mais este fardo pesado...
Viver sem teu abraço...
Viver sem teu calor...
Preciso me libertar para caminhar na estrada,
A estrada que nos conduz ao nosso fim...
Não quero mais sonhar... não quero mais viver...
não quero mais sorrir...
Nada mais quero pois sem você
Nada serve para nada...
A vida se torna um fardo,
As cores desaparecem...
A lua chora comigo
Ela que é testemunha das orações silenciosas,
Onde em prantos desejo a escuridão,
Pois não se vive sem a razão do coração...